domingo, 8 de outubro de 2017

Lançamento do Festejo Nossa Senhora da Conceição 2017

Rendendo honras a Nossa Senhora da Conceição, intercessora fiel de nossa comunidade e de todos que recorrem a ela, este ano, o dia 08 de setembro foi escolhida para darmos início a divulgação e reflexão sobre o tema e o lema do Festejo da Conceição. 
Na missa das 12h00, presidida pelo reitor do santuário, Carlos Paris, scj, o tema, lema e a identidade visual do Festejo da Conceição 2017, foram divulgados através de uma linda celebração, regada por muitas homenagens a Nossa Senhora.
Maria para nós, é  modelo de serva, detentora do primeiro sim, que tornou possível o plano de Deus de comunicar-nos o seu amor através de seu Filho. “Eu estava lá, pela primeira vez, emocionada, sentia que estava em sintonia com Maria, mesmo ela tendo milhares de filhos adotivos. E amparada por seu olhar maternal percebi que jamais serei abandonada pela Mãe do meu Senhor.” Diz Letícia Cardoso, 25 anos, devota de Nossa Senhora.
Crendo em Maria como condutora para nossa maturidade enquanto cristãos, este ano propomos a reflexão entorno do fiat de Nossa Senhora, clamando por sua intercessão para que assemelhemos cada vez mais o nosso servir ao da Mãe de Deus e juntos, sob o seu auxílio possamos ser e fazer Igreja no plano físico e espiritual. .
Assim, Tendo a fé mariana como modelo, e de coração aberto para os desígnios de Deus, membros de todas as pastorais e movimentos, anunciaram juntos o tema: "Com Maria, Construindo Igreja” e o lema: Faça-se em mim (Lc 1, 38). Já em relação aos elementos que constituem a identidade visual do festejo, a imagem de Nossa Senhora aparece sobre um fundo de vitrais, que presente em muitas construções de templos religiosos permitem a incidência da luz no interior do ambiente, assim como Maria, a revestida de sol, Rainha da Luz, que ilumina a nossa caminhada para o encontro com seu filho, Jesus Cristo.
Os vitrais de colorações laranja e amarelo, fazem menção a coroa com as  doze estrelas , presente na passagem do livro de Apocalipse: “Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida com o sol, tendo a lua de baixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas.”(Ap 12,1). Os de coloração azul remetem-se ao manto de serenidade de Nossa Senhora que protege e ampara a todos os seus filhos.
Enxergando a Igreja como fruto de encontros do povo de Deus, que busca comunicar a Boa Nova, o Santuário da Conceição convida os devotos e devotas de Maria a reunirem-se na Casa da Mãe, em comunhão e preparação espiritual para vivenciarmos o nosso festejo mariano. Rogai por nós Santa Mãe de Deus!


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Revolução da ternura contra a violência propõe campanha da Pastoral da Criança

Dia 06 de outubro, a Pastoral da Criança lança no Brasil a campanha continental “Zero violência, 100% ternura”. Já lançada no Canadá, em Quito, El Salvador e Venezuela, a campanha tem como objetivo despertar pais, cuidadores, jornalistas e igrejas para a redução da violência contra a criança, que segundo Maria das Graças Silva Gervásia, membro da coordenação nacional da Pastoral da Criança, ainda apresenta índices alarmantes. A representante da Pastoral da Criança esteve na CNBB e concedeu uma entrevista ao portal da CNBB sobre a campanha. “Além de lutar pela eliminação de toda forma de violência contra a criança, é necessário investir alto na prevenção”, disse. Acompanhe a íntegra a seguir.
1) Por que a violência contra a criança ainda é tão presente na nossa sociedade e nas famílias? Qual o pior tipo de violência contra a criança?
Infelizmente na nossa sociedade plantamos as sementes da violência nas crianças, quando as punimos por algo que fizeram de errado. Isso vai lhes dar a ideia de que qualquer pessoa que faz algo errado precisa ser punida. E isso vai se tornando um ciclo de desrespeito, de violência. E quem é mais frágil? A criança. Pensamos em muitas formas de violência contra a criança (física, psicológica, sexual, social), mas consideramos que a pior forma ainda é a pobreza, como bem apresenta o neto de Gandhi, líder do movimento pela não violência . Segundo ele, nós somos muito egoístas, quando ignoramos a pobreza, achando que não é da nossa conta. Ainda existe a ideia de que as pessoas são pobres por serem estúpidas, incapazes, e que não há nada a se fazer. E reforça, os outros tipos de violência tendem a ser imediatos e de curta duração. Já a pobreza é algo com o que as pessoas têm que conviver dia e noite
2) Por que é importante eliminar a violência contra a criança?
Todas as pessoas têm um papel a desempenhar nesta causa, prevenindo todas as formas de violência contra as crianças, onde quer que aconteça e independentemente de quem a pratica e investir em programas de prevenção para enfrentar as causas. Se você ensina a criança usando a violência, ela se torna um adulto violento, pois foi isso que aprendeu.
3) Como a presença da Igreja e da sociedade contribui para o fortalecimento das famílias no sentido de evitar a violência contra a criança?
Infelizmente hoje a única interação entre pais e filhos costuma ser quando eles voltam para casa do trabalho e estão tão cansados que mal conseguem dar atenção para as crianças. Nesse sentido, como podemos criar boas crianças, que tenham amor e respeito? E quando na família prevalece o desemprego, a bebida, o que nós como igreja, não somente a católica, mas todas as formas de expressão religiosa, estamos fazendo para estar junto dessa família para fortalecê-la? E a sociedade como um todo, como está presente nessas situações? A comunidade está unida para ajudar a família ou está preparada apenas para denunciar? A denúncia quando necessária, precisa acontecer, mas em última instância, quando esgotadas todas as possibilidades de fortalecer a família. E se alguém toma a iniciativa de ajudar a família, isso afeta de forma positiva toda a comunidade. Como exemplo, as ações das pastorais, os serviços voltados para evitar a violência, reforçando o que pede o Documento de Aparecida – a criança é prioridade absoluta para a Igreja, o Estado, a família, a sociedade.
4) Quais as estratégias podem ser usadas para a criança não perder o vínculo familiar?
Esgotadas todas as possibilidades de fortalecer a família para que a criança permaneça com os seus, há a possibilidade do programa Família Acolhedora, onde a criança não perde a convivência familiar que necessita para o seu desenvolvimento e evita que fique muito tempo em abrigos. Esta é, portanto, encaminhada para parentes que irão abrigá-la ou para famílias voluntárias, que oferecem o mesmo cuidado por um período de um ano e garantem os direitos. E o mais importante é que o objetivo do programa é encaminhar a criança para o convívio com outra família, até que a sua família receba o atendimento e apoio necessários para reassumir a sua responsabilidade. Portanto, há alternativas, só temos que ir buscá-las.
5) Diversas Instituições se uniram para realizar a Campanha “Zero violência, cem por cento Ternura”. Quais são os principais objetivos desta Campanha?
A campanha é um projeto do Programa Centralidad de la Ninẽz (PCN), que envolve além dos três parceiros: a Pastoral da Criança Internacional, A Visão Mundial, o Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam), a Caritas América Latina e Caribe e a Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica (ALER). Queremos com a campanha sensibilizar os pais, as mães, professores, líderes religiosos, políticos, comunicadores, enfim todo mundo, para lutar contra este terrível flagelo que é a violência em todas suas manifestações que afetam milhares de crianças em todo o continente americano. E insistimos também que só com uma revolução da ternura, da não violência, que poderemos transitar pelo caminho da solidariedade, da humildade e da fortaleza.
6) Como se dará na prática essa Campanha? Que atividades estão programadas?
Ela acontecerá em várias etapas, iniciando agora em 2017 e indo até 2019. Haverá oficinas sobre criação com ternura com os pais, comunicadores, líderes religiosos; a coleta de 3 milhões de assinaturas pelo pacto de ternura; uma caminhada, pegadas da ternura, passando por todos os países do continente americano; e além disso, será feita muita divulgação nos meios de comunicação.
7) Como cada pessoa que está nos ouvindo pode colaborar com esta Campanha “Zero violência, cem por cento Ternura”?
Primeiramente, se comprometendo com o pacto de ternura, sendo um promotor, uma promotora da ternura com a criança, reconhecendo e sanando sua própria história de violência; cultivando relações de ternura, livres de violência contra as crianças. Enfim, fazer a partir do seu testemunho, outras pessoas se apaixonem pela causa. Necessitamos de todas as pessoas para eliminar a violência contra a criança.